Transformação empresarial impulsionada pela IA Generativa: explorando seu impacto
No Future Ready Business, explore como a estratégia corporativa, a inteligência artificial e as práticas de ESG podem transformar sua organização. Descubra insights valiosos para liderar com inovação e responsabilidade, garantindo que sua empresa esteja pronta para os desafios do futuro.
IA & CIÊNCIA DE DADOS
Tiago Borges
5/8/20243 min read


O que isso significa para empresas e funcionários? O que podemos esperar de impactos nas organizações?
De acordo com a consultoria Gartner, até 2025, 70% das empresas irão se defrontar com a discussão sobre o uso sustentável e ético da inteligência artificial. Esse será um dos principais tópicos das agendas dos Boards.
Ao analisar as mudanças previstas para ocorrer até 2025, verifica-se que a inteligência artificial (IA) não se limita a ser apenas uma tendência tecnológica, mas sim um elemento transformador que irá reconfigurar e modelar negócios (momentos em que nos recordamos do Sr. Ostewalder), além de apresentar impactos significativos na sociedade.
Dentro desse mesmo período, é esperado que cerca de 70% das empresas incluam o uso responsável da IA em sua lista de prioridades, levando em consideração seus impactos éticos e sustentáveis. Esse cenário reflete a crescente conscientização sobre o papel da IA na sociedade e a necessidade de abordar suas implicações de maneira responsável.
Em consideração a esses fatores, a União Europeia, por meio do AI ACT, tem debatido maneiras de regulamentar o uso da IA levando em consideração aspectos éticos, sem, no entanto, negligenciar a sua importância para o desenvolvimento das atividades corporativas. (Para obter mais informações, consulte: < The Act | The Artificial Intelligence Act >)
Além disso, até 2025, 35% das grandes organizações terão um Chief AI Officer (CAIO) que se reportará diretamente ao CEO ou COO. Isso reflete a importância estratégica que a IA está ganhando nas principais empresas, com líderes dedicados a impulsionar a inovação e a aplicação ética da IA em suas operações. Na sopa de letras dos CXOs, há também a discussão sobre o papel dos CIOs e CTOs nesse contexto, pois a criação de valor para os clientes certamente possui grande influência desses atores. Esse, inclusive, é um assunto para uma publicação específica do nosso blog.
No que diz respeito às aplicações tecnológicas, o uso de dados sintéticos será, sem dúvida, a nova vedete. O uso dessa tecnologia reduzirá em 70% a quantidade de dados reais necessários para o aprendizado de máquina até 2025. Aí está o grande ganho!
Muitos modelos de IA dependem de uma quantidade massiva de dados para alimentar os algoritmos. Trata-se, por vezes, de uma operação cara e que demanda tempo. Isso não apenas otimiza o uso de recursos valiosos, mas também endereça algumas preocupações de privacidade e segurança dos dados.
Você provavelmente se perguntou o que são dados sintéticos. Bem, eles são criados para simular padrões e características de dados reais, oferecendo uma alternativa viável e importante quando os dados reais são escassos, caros ou inacessíveis.
Ainda nesse contexto, à medida que a IA se torna mais sofisticada, atividades relevantes da centralidade no cliente, como publicidade e marketing, são impactadas significativamente. Até 2025, 30% das mensagens de marketing de grandes organizações serão geradas a partir de dados sintéticos, um aumento relevante em relação aos menos de 2% apurados em 2022.
Olhando para um horizonte mais amplo, até 2030, a IA tem o potencial de reduzir as emissões globais de CO2 em 5 a 15% e consumir até 3,5% da eletricidade mundial. Isso pode desempenhar um papel crítico na luta contra as mudanças climáticas e na busca por um futuro mais sustentável, alinhado à agenda ESG.
Para além dos pontos positivos, é importante destacar os principais desafios. Até 2030, decisões tomadas por modelos de IA sem supervisão humana podem resultar em perdas de até US$ 100 bilhões na gestão de ativos. Portanto, a supervisão e a responsabilidade (accountability) no processo decisório são essenciais à medida que a IA se torna cada vez mais autônoma.
Uma pesquisa recente realizada pela KPMG, abrangendo Brasil, Índia, China e África do Sul, aponta que a colaboração entre seres humanos e modelos de IA no processo de tomada de decisão está ganhando maior aceitação entre os gestores, conforme se verifica na figura abaixo (disponível em: < Trust in Artificial Intelligence | Global Insights 2023 - KPMG Australia >).
No tocante às vagas de emprego, a boa notícia é que até 2033, soluções de IA criarão mais de meio bilhão de empregos líquidos em todo o mundo, destacando como a Inteligência Artificial pode ser uma força positiva para a nova economia digital. Esse é o tipo de competência que precisa estar no seu cinto de habilidades, não acha?
Diante das previsões e dos fatos abordados, é importante que as empresas e os líderes abordem essas tendências com responsabilidade e visão de futuro, para garantir que que os benefícios da IA sejam maximizados e os seus riscos mitigados.
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